Escorrendo de forma macia até o clímax da minha inspiração.
Deslizam por florestas selvagens às margens dos rios límpidos,
Desviam-se de abismos, precipícios, vales encantados,
Ora alusivos e nocivos à singela paz do meu coração.
Debatem-se vorazes, sedentos da liberdade que lhes foi arrancada,
Como se fosse crime serem livres, desregrados, incontidos e desleais.
Anseiam por seus espaços tolhidos por compromissos e cerimônias,
Clamam serem ouvidos, criticados, admirados, inesquecíveis enquanto vivos,
Desejam seus gritos eternos, infindos, suaves, precisos em seus instintos naturais.
Transbordam de minha alma sobrecarregada de amor,
Lançam-se ao vento, ao tempo, firmes e decididos.
Não viverão contidos, aprisionados em corações amargos e infelizes,
Explodirão em pequenos fragmentos multiformes,
São acordes transformando as canções dos poetas atrevidos...
(Vanessa Rodrigues de Sousa)
(Vanessa Rodrigues de Sousa)